Desde o anúncio de que o Catar sediaria a Copa do Mundo de 2022, a venda de álcool durante o evento passou a ser um tema polêmico. Afinal, o país do Golfo é conhecido por seguir a religião muçulmana e tem políticas de restrição ao consumo de bebidas alcoólicas. Aqui, no copamundocatar, vamos contar-lhe mais.
E a preocupação com o tema não está limitada a quem espera beber uma cervejinha em visita ao país. A Budweiser, que patrocina há três décadas a Copa do Mundo, é parte interessada nessa questão. Afinal, espera contar com a receita das vendas durante a competição, mas também com a possibilidade de expor sua marca sem constrangimentos.
Mas a promessa é de um final feliz para todos. Isso porque a FIFA e as autoridades locais já confirmaram que será possível beber (e divulgar a Budweiser) sem medo de ser feliz.
Como a Bud será vendida durante a Copa
Segundo os comunicados mais recentes, a venda de álcool será permitida somente fora dos estádios. Ou seja, os torcedores não poderão beber enquanto assistem às partidas in loco, como costuma ocorrer na Copa do Mundo.
No entanto, cerveja e outras bebidas poderão ser bebidas nas partes externas dos complexos dos estádios, antes e depois de cada partida. E também serão encontradas em outras áreas frequentadas por turistas, como nas fan fests que costumam fazer sucesso entre os torcedores.
A expectativa é de que a medida atenda aos anseios da marca, que terá sua logomarca estampada nos copos servidos em volta das arenas. Ela também deverá aparecer em espaços publicitários como:
- Painéis em torno do gramado
- Elementos de organização dos jogos
- Inserções nos telões
- Conteúdo em vídeos promocionais
A AB InBev, detentora da Budweiser, vinha evitando comentar essa questão. No entanto, trabalhava junto à Fifa nos bastidores para contornar eventuais empecilhos à sua marca na Copa. Em comunicados mais antigos, executivos da empresa haviam declarado que estavam em busca de “maneiras respeitosas” de vender o produto no Catar durante a competição.
A medida, claro, não agradará apenas à Bud. Os turistas certamente ficarão felizes por saber que poderão consumir bebidas alcoólicas em segurança.
Leis do Catar não são tão rígidas quanto a de outros países
Apesar das restrições à bebida alcoólica, as leis do Catar não são tão rígidas quanto as de outros países árabes. O principal exemplo de conservadorismo nesse sentido costuma ser a Arábia Saudita, onde o consumo de álcool é proibido.
No Catar, o consumo é limitado a estabelecimentos que possuam permissão para vender bebidas. Segundo levantamento recente, é possível encontrá-las em alguns restaurantes, bares e hotéis internacionais — inclusive no centro de Doha, capital do país.
Além disso, as regras permitem que turistas importem bebidas para consumo pessoal. A quantidade permitida para cada pessoa está limitada a cinco litros de cerveja, três de vinho e um litro e meio de destilado. Em lojas controladas pelo governo, também é possível adquirir bebidas. Por outro lado, beber em público é proibido.
O país teve que flexibilizar essas restrições para que as bebidas alcoólicas estivessem disponíveis em mais locais. Afinal, se isso não ocorresse, seria difícil garantir o acesso a elas por grande parte dos quase 1 milhão de turistas aguardados para a Copa do Mundo.
Tema foi polêmico, também, na Copa do Mundo de 2014
Para muitas pessoas que acompanham a Copa do Mundo, parece impossível imaginar uma edição sob Lei Seca. Afinal, o torneio costuma ser marcado por muita festa e alegria. E torcedores de todo o mundo se dirigem ao país-sede não apenas para assistir aos jogos, mas também para beber entre amigos — ou com desconhecidos!
Mas o Catar não foi o primeiro país em que a FIFA encontrou entraves para garantir a venda de bebidas alcoólicas no mesmo molde de países da Europa, por exemplo. Em 2014, no Brasil, a comercialização dentro dos estádios só foi garantida devido a regras especiais para o evento.
É claro que os motivos por trás das restrições também são bem diferentes no Brasil e no Catar. E isso tornou mais fácil a flexibilização do consumo nas arenas brasileiras. No país árabe, razões religiosas impediram uma liberação mais radical. Em terras tupiniquins, em que o álcool é proibido nos estádios por razões de segurança, foi possível fazer vista grossa por um mês.
Por que a Budweiser patrocina a Copa do Mundo
Uma das principais razões para a Budweiser se manter como patrocinadora oficial da Copa do Mundo é a possibilidade de exposição a seus consumidores. A marca, claro, tem um grande público, mas ainda existem pessoas que não a conhecem.
E que melhor maneira de apresentar a marca para um grande número de pessoas em diferentes países do que em um evento tão popular quanto a Copa do Mundo? A estratégia, claro, tem dado certo, afinal a Budweiser é uma das marcas mais reconhecidas do mundo.
Além disso, a Budweiser tem um histórico de parcerias com a FIFA. A marca já patrocinou as Copas do Mundo de 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014. E essa parceria se manterá até a Copa do Mundo de 2022, no mínimo.